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Quem é Santiago Peña, novo presidente do Paraguai

Quem é Santiago Peña, novo presidente do Paraguai

Um presidente jovem, conservador e representante notável da direita na América do Sul. Santiago Peña, economista de 44 anos, oficialmente assumiu a presidência do Paraguai. Sua trajetória acadêmica inclui formação em Economia na Universidade Católica do Paraguai em 1997, seguida por um Mestrado em Políticas Públicas na Universidade de Georgetown, em Washington D.C., nos Estados Unidos.

Ao concluir a vida universitária, Peña adquiriu experiência internacional em cargos de destaque. Ele atuou como consultor econômico no Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e supervisionou finanças públicas em países da América Latina no Fundo Monetário Internacional (FMI).

Na esfera política, Peña ingressou na administração pública do Paraguai em 2013, nomeado ministro das Finanças. Durante esse período, liderou reformas fiscais para melhorar a eficiência dos gastos públicos e fortalecer a economia, ao mesmo tempo em que promoveu a transparência.

Desde então, seu foco tem sido a promoção de políticas públicas, especialmente na educação e no desenvolvimento econômico, defendendo a integração regional na América Latina. Além de sua atuação política e econômica, Peña se destacou como presidente do Conselho de Administração da Corporação Paraguaia de Produção (CPP), implementando mudanças que aumentaram a eficiência e a produtividade da empresa, ao mesmo tempo que promoviam a sustentabilidade ambiental.

Ele também tem experiência em consultoria financeira e estratégica em empresas multinacionais como a McKinsey & Company e a KPMG. Peña é o fundador do programa “Liderando desde el Sur”, que oferece treinamento em liderança e empreendedorismo para jovens na América Latina.

Com uma abordagem pragmática, Peña colaborou com diversos setores políticos e econômicos, modernizando instituições públicas, promovendo um ambiente favorável ao investimento estrangeiro e expandindo a infraestrutura paraguaia. Em termos políticos, Peña se identifica como de direita, defendendo posições conservadoras como a oposição ao aborto, a preservação da família tradicional, o combate às drogas e o reconhecimento de Taiwan como um país independente, além de manter laços estreitos com Israel.

A ascensão de Santiago Peña consolida a hegemonia da direita no governo, marcando um legado de mais de sete décadas. Diferentemente de alguns sistemas eleitorais, o Paraguai não permite reeleição nem segundo turno presidencial, tendo cada presidente um único mandato de cinco anos. Nas eleições deste ano, Peña conquistou cerca de 42,74% dos votos, enquanto o segundo colocado, apoiado por líderes de esquerda como José Mujica, ex-presidente do Uruguai, obteve 27,48%.

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