Conhecido como Yom Kippur (Dia da Expiação) este é a festa religiosa mais sagrada do ano para o povo judeu. Durante este período, os fiéis se dedicam à reflexão, arrependimento e purificação espiritual, buscando um vínculo mais profundo com Deus e com a própria essência de suas almas.
O Yom Kippur é celebrado nos dias 9 e 10 do mês hebraico de Tishrei, correspondendo, em 2024, a 11 e 12 de outubro no calendário gregoriano (ocidental). O evento carrega um significado especial, pois é considerado o Dia da Expiação, conforme descrito no livro de Levítico: “Pois neste dia Ele te perdoará, te purificará, para que sejas purificado de todos os teus pecados perante Deus” (Levítico 16:30).
A partir de alguns minutos antes do pôr do sol do dia 9 de Tishrei até o cair da noite do dia 10, os praticantes do judaísmo se dedicam a um ritual de “aflição das almas“. Durante esse período, abstêm-se de comer e beber, evitam lavar ou untar o corpo, não usam calçados de couro e se abstêm de relações conjugais. Essas práticas têm o intuito de elevar o espírito acima das necessidades físicas e direcionar toda a atenção para o arrependimento e a oração.
As sinagogas ficam repletas de fiéis que passam grande parte do dia recitando preces, fazendo confissões e pedindo perdão por transgressões cometidas no ano anterior. O ponto alto das orações é a prece de Kol Nidrei, realizada na noite de abertura do Yom Kippur, e o Ne’ilá, que marca o encerramento das cerimônias, quando as portas do céu se fecham e os pedidos de perdão são selados.
O Yom Kippur é visto como um convite à introspecção e à renovação espiritual. O jejum e as orações não têm apenas um caráter de penitência, mas simbolizam o esforço do indivíduo em se desconectar do plano físico e se reconectar com sua essência espiritual. Esse é um momento em que, segundo a tradição, os céus estão abertos e Deus ouve com especial atenção os clamores de seus filhos, oferecendo-lhes uma oportunidade única de começar o ano com um coração purificado.