A Polícia Federal realizou na manhã de hoje (14/10) uma operação contra o deputado estadual Thiago Rangel (PMB). A suspeita é de fraude em licitações, corrupção ativa e passiva, peculato e lavagem de capitais.
As investigações – que contam com a participação do Ministério Público do Rio de Janeiro e da Receita Federal – revelaram um esquema criminoso de contratações diretas, por meio de dispensa fraudulenta de licitação de empresas ligadas ao parlamentar.
Os agentes cumprem 14 mandados de busca e apreensão nos municípios de Campos dos Goytacazes, na Região dos Lagos, na Região Metropolitana e na capital fluminense. Ainda de acordo com as investigações, a ação resulta em sobrepreço e no desvio de recursos públicos, com lavagem de dinheiro através de uma rede de postos de combustíveis.
A operação, batizada de “Postos de Midas”, fazendo referência ao crescimento exponencial do patrimônio do investigado que, de acordo com sua declaração de bens, cresceu 780% em 2 anos.
Conforme as investigações, Thiago Rangel trabalhava em 2014 como motorista e tinha salário de R$ 1 mil. Em 2020, quando concorreu ao cargo de vereador por Campos dos Goytacazes, Thiago declarou um patrimônio de R$ 224 mil, composto por dois veículos, participação no valor de R$ 60 mil em um posto de gasolina e um jet-sky.
Já em 2022, quando concorreu ao cargo de deputado estadual, declarou um patrimônio de mais de R$ 1,9 milhão, composto de 18 postos de combustíveis e 12 de empresas identificadas na investigação.
O deputado ou a sua assessoria não se pronunciaram sobre o caso até o momento. Uma vez que se manifeste sua declaração será colocada na integra nesta reportagem.
Fonte: G1
