Apenas 58,5% dos resíduos sólidos urbanos gerados em 2023 foram encaminhados para destinação ambientalmente adequada, aponta o Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil 2024. Conforme a Associação Brasileira de Resíduos e Meio Ambiente (ABREMA), que realizou o estudo, 41,5% do que foi descartado pelos brasileiros e encaminhado para disposição final tiveram destinação inadequada.
O relatório com os dados divulgados chama a atenção para o não cumprimento da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), instituída em 2018. A lei que estabelecia o ano de 2024 como prazo final para o encerramento definitivo dos lixões no país. “Além de apresentar riscos ao meio ambiente equilibrado e à saúde pública, esse cenário revela que o gerenciamento de resíduos no Brasil ainda está distante de atender as diretrizes determinadas pela PNRS”, destaca o documento.
Ainda de acordo com a estimativa apresentada no panorama, em 2023, o brasileiro gerou, em média, 1,047 quilos de resíduos sólidos urbanos por dia. A região brasileira responsável pelo maior volume de resíduo sólido urbano é o Sudeste e a menor a Região Norte.
Segundo o estudo os municípios brasileiros gastaram R$ 34,7 bilhões com gerenciamento dos resíduos sólidos urbanos. As despesas incluem serviços como varrição de vias, limpeza de áreas públicas, coleta, transporte, tratamento e disposição final de resíduos e rejeitos.
O setor de gestão de resíduos sólidos urbanos também empregou 386 mil pessoas no ano passado. A maioria desses empregos, 93%, são atividades finalísticas (varrição, capina, roçada, etc) e apenas 7% em cargos administrativos.