O ministro da Defesa, José Múcio, defendeu a soltura de inocentes ou de quem teve participação mínima nos atos de 8 de janeiro de 2023. Ele destaca que esse seria o caminho para pacificar o país. A declaração foi feita no programa Roda Viva, da TV Cultura na noite de segunda-feira (10/02).
José Múcio é a segunda autoridade a se manifestar na mesma direção, nos últimos dias, pregando a necessidade se pacificação do País. Antes dele, o novo presidente da Câmara, Hugo Motta (Rep-PB), negou que tenha ocorrido tentativa de golpe naquele dia por manifestantes civis.
Múcio lembrou que nem mesmo havia armas, nem a participação de militares. É predominante, mas só fora da mídia tradicional, a percepção de que a baderna saiu do controle e degenerou em depredações.
“Eu acho que na hora que você solta um inocente ou uma pessoa que não teve um envolvimento muito grande (no 8 de janeiro) é uma forma de você pacificar. Esse país precisa ser pacificado. Ninguém aguenta mais esse radicalismo. A gente vive atrás de culpados. Nós estamos precisando procurar quem ajude a resolver os problemas”, afirmou Múcio.
O ministro também declarou sua posição sobre o cálculo de pena nas punições dos envolvidos. Ele afirma que não é possível condenar e dar a mesma pena a quem armou, a quem financiou para pessoas que estavam pra encher o movimento.
“Se foi um golpe, quem organizou que pague. E aqueles que tomaram seus ônibus, estavam lá tirando foto do celular? Tinham os que entraram quebrando, tem os que ficaram do lado de fora. Tem de todo tipo”, completou.