Desde a semana passada, forças militares dos Estados Unidos (EUA) tem sido despachadas para o sul do Mar do Caribe. As ordem são do presidente americano, Donald Trump, e tem como objetivo enfrentar os cartéis de drogas na região. As informações são da agência de notícias Reuters e do The New York Times.

As tropas americanas devem mirar grupos no México e na Venezuela, como o Tren de Aragua e o MS-13, em operações que contemplam ações em solo, mar e ataques aéreos. O Brasil não está incluindo inicialmente no programa. O governo brasileiro entretanto, foi questionado pelos EUA, sobre as razões de não considerar organizações criminosas do país, com o PCC, como grupos terroristas.

Em visita oficial aos EUA, o Ministro de Relações Exteriores do Paraguai, Rubén Ramírez, também formalizou um acordo que prevê cooperação em segurança pública entre as duas nações. O acordo prevê a criação de um centro antiterrorista no lado paraguaio da Tríplice Fronteira, com base física e 15 policiais treinados pelo FBI (Federal Bureau of Investigation).

A medida retoma promessa feita em 2024, quando o ministro do Interior do Paraguai, Enrique Riera, antecipou que o país passaria a receber escritórios de treinamento do FBI. Ainda no ano passado, o governo Trump ofereceu até US$ 10 milhões por informações que levassem à desarticulação das redes financeiras do Hezbollah na região de fronteira entre Paraguai, Brasil e Argentina.

Conforme o ministro paraguaio, o novo centro também terá sustentação no enfrentamento a organizações criminosas. “O terrorismo e o crime organizado estão ligados; um financia o outro”, declarou ele.