O governador do estado do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), anunciou que vai iniciar uma força-tarefa para remover barricadas instaladas por grupos criminosos em vias da Região Metropolitana. As barreiras, feitas com entulho, carros, cabos, valas e estruturas improvisadas, são usadas pelo crime para dificultar a entrada da polícia e controlar áreas dominadas.
A reunião com os prefeitos das cidades da região ocorreu ontem (17/11) e definiu os detalhes da operação. Segundo Castro, a ação não vai se limitar a liberar ruas bloqueadas. O plano prevê a remoção total do material das barricadas, incluindo carros abandonados, estruturas metálicas, cabos e entulhos, bem como aterro imediato de valas abertas por criminosos, com aplicação de concreto na hora.
Além disso, serão usados os caminhões das prefeituras para transportar o material retirado, com emprego de máquinas pesadas, como retroescavadeiras e tratores. O governo do estado também fornecerá kits de demolição e equipamentos de corte. A ação deve ter 50 máquinas no início, com aumento progressivo até a remoção completa e apoio da Polícia Militar para garantir segurança durante a limpeza.
Castro destacou que a operação envolverá diversas secretarias estaduais e municipais, e que outras ações complementares devem ser anunciadas em breve. Prefeitos de todo o espectro político foram chamados para compor o esforço conjunto, entre eles os adversários políticos do governo estadual, como Washington Quaquá (PT), prefeito Maricá, Rodrigo Neves (PDT), prefeito de Niterói e Eduardo Paes (PSD), prefeito da capital, Rio de Janeiro.
Questionado sobre a possibilidade de o crime recolocar barricadas logo após a retirada, prática comum em outras ocasiões, Castro disse que haverá resposta imediata das forças especiais. “Quem botar barricadas de volta vai receber, no dia seguinte, uma visita do BOPE e da CORE.”
* Coordenadoria de Recursos Especiais (CORE) e Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE)










