Rio: cidade perde a chance de ser o protagonista dos 200 anos de D. Pedro II por descaso

Rio: cidade perde a chance de ser o protagonista dos 200 anos de D. Pedro II por descaso

É inacreditável como o Rio renega o seu papel de relevância na história e desdenha a sua importância como centro da vida nacional. Este é um efeito terrível da falta de bairrismo. Pergunte a 10 cariocas ou fluminenses o que está sendo celebrado hoje, dia 02 de dezembro? Nove vão dizer que é o Dia Mundial do Samba e um não vai saber responder. É inacreditável.

O Brasil comemora hoje os 200 anos do nascimento do Imperador D. Pedro II. O carioca mais ilustre, nascido no Palácio de São Cristóvão e que repousa na Catedral de Petrópolis. O que foi planejado para os 200 anos de D. Pedro, que governou o Brasil por seis décadas e foi uma das figuras mais emblemáticas da história brasileira? Absolutamente nada.

O único a comemorar é o Museu Imperial de Petrópolis que fará um ciclo de palestras e o seu diretor Maurício Vicente Junior, que participará de algumas mesas redondas. No Palácio de São Cristóvão, hoje o Museu Nacional em reconstrução, não teremos nada.

Na cidade na qual Pedro Alcântara nasceu não está previsto nada no calendário oficial. Tanto o governo do estado quanto o da capital estão omissos em uma data tão significativa. As secretarias estaduais e municipais de cultura e de educação foram totalmente omissas.

A cidade de Petrópolis, em penúria financeira, também vai deixar a data passar em branco. Em Brasília, o Ministério da Cultura e da Educação, também não farão nenhuma celebração. O único evento previsto é a reabertura do Som e Luz do Museu Imperial, com lei de incentivo do governo do estado e só. Será o mesmo espetáculo só que terá nova tecnologia.

A data é pertencente ao Rio e o nível de omissão é incompreensível. O Rio de Janeiro foi a capital do Reino de Portugal e aqui D. Pedro II reinou pelo período mais longevo da história. É o único caso da história mundial em que uma colônia tornou-se metrópole, além de sede do governo. Isso incrivelmente parece não significar absolutamente nada para os nossos governantes.

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