Na tarde da última quarta-feira (12) foi anunciada na Câmara dos Deputados, a formação de um grande bloco de Deputados em apoio ao presidente da casa, Arthur Lira. O “superbloco” será composto por PP, União Brasil, PDT, PSB, Solidariedade, Avante, Patriota e pela federação Cidadania-PSDB.
A criação do bloco é uma reação do grupo do presidente da Câmara à formação, no fim do mês passado, de outro conjunto de partidos – composto por MDB, PSD, Republicanos, Podemos e PSC e que tem 142 integrantes.
Este último bloco, até então o maior da Casa, era visto pelo Palácio do Planalto como início de um contraponto ao poder de Arthur Lira na Câmara.
Os blocos parlamentares são formados por dois ou mais partidos para atuar conjuntamente na Casa. Têm líderes em comum e influenciam, por exemplo, na distribuição de cargos e comando de comissões.
Com a criação do novo bloco, a prioridade para indicações para os colegiados, inclusive os mistos que analisam medidas provisórias, passam a ser do grupo do presidente da Câmara.
Essa negociação foi vista como uma demonstração de força de Lira e surpreendeu o Palácio do Planalto, que apostava que ele não teria condições de criar um grupo maior do que o formado anteriormente.