O PT (Partido dos Trabalhadores) lançou na última quinta-feira (22/05) uma campanha em defesa da primeira-dama, Janja Lula da Silva. O movimento acontece após críticas por sua fala sobre o TikTok durante jantar com o presidente da China, Xi Jinping. A ação, com o slogan “Estou com Janja”, foi divulgada no Instagram e no X (ex-Twitter), mas quase não teve engajamento.
Até a noite do sábado (24/05), a hashtag teve menos de 100 postagens no Instagram e ficou fora dos trending topics do X, com menos de 30 mil visualizações. A campanha tenta conter a repercussão negativa da fala de Janja, vazada para a imprensa como uma gafe, por produzir constrangimento na reunião com autoridades estrangeiras.
Sobre o episódio, Janja disse em entrevista à Folha de S.Paulo, que “não é um biscuit de porcelana” e que tem o direito de se posicionar em agendas públicas. O presidente Lula a defendeu, afirmando que foi ele quem iniciou a conversa com Xi Jinping. “Ela pediu a palavra para explicar o que está acontecendo no Brasil, sobretudo contra mulheres e crianças”, disse ele.
Contrastando com a #EstouComJanja, a oposição continua explorando o episódio. Em seu perfil no X, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) afirmou que, se a primeira-dama “acredita que censura e prisão são adequadas em uma democracia”, é de se imaginar qual seria a opinião de Lula. Já o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) disse que o debate sobre a regulamentação das redes sociais “é difícil porque os brasileiros não querem viver em uma ditadura”.