A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (Correios), segue enfrentando uma gigante crise econômico-financeira. São 12 trimestres seguidos de prejuízos na empresa, que alcançou um déficit de R$ 4,36 bilhões no primeiro semestre de 2025.

A estatal agora busca R$ 20 bilhões em empréstimos, a serem avalizados pelo Governo Federal, para tentar conter a crise. Os resultados negativos em sequência resultaram, no ano passado, no primeiro prejuízo na casa do bilhão da empresa desde 2016. Naquele ano, os Correios tiveram prejuízo de R$ 1,5 bilhão (R$ 2,3 bilhões, em valores atualizados). Em 2024, o prejuízo foi de R$ 2,6 bilhões.

Um dos grandes motivos que levaram ao prejuízo sucessivo é o tamanho dos gastos com servidores da empresa. Ainda que em dificuldades, os Correios deram diversos reajustes aos seus funcionários que geraram um aumento de despesa justamente quando o caixa está mais apertado.

Para Fernando Vernalha, jurista especialista em direito público, o assunto privatização deve ser reconsiderado como uma alternativa ao modelo atual de gestão que vem sendo praticado. “Deveríamos debater o assunto, com mais pragmatismo e com desprendimento ideológico. A gente precisa olhar para o problema dos Correios com uma visão mais pragmática, o que é melhor para nós, para o cidadão, para União, do ponto de vista econômico?“, disse ele.