O fenômeno climático La Niña, caracterizado pelo esfriamento das águas do Oceano Pacífico, está de volta e deve durar entre dezembro de 2025 e fevereiro de 2026. É o que informou o Centro de Previsão Climática dos Estados Unidos.
“As condições de La Niña surgiram em setembro de 2025, conforme indicado pela expansão das temperaturas da superfície do mar (TSM) abaixo da média no Pacífico equatorial central e oriental. O valor mais recente do índice Niño-3.4 foi de -0,5°C, com outras regiões variando entre -0,1°C e -0,4°C“, informou o órgão.
A ocorrência do fenômeno está associada ao risco de seca em algumas regiões do Brasil e da Argentina. O fenômeno porém, não deve ser forte, de modo que seus impactos podem ser limitados. No Brasil, Rio Grande do Sul e Santa Catarina devem ser os estados mais afetados pela mudança no padrão de chuva segundo especialistas climáticos.
O período de La Niña é caracterizado por uma anomalia negativa na temperatura de 0,5 °C ou menos nas águas superficiais de partes central e leste do Pacífico Equatorial, que deve se manter por, pelo menos, cinco trimestres consecutivos para ser oficializado. Uma variação positiva na temperatura indica um El Niño.
Há diversas teorias sobre o que está por trás dessas anomalias, mas não há um consenso na comunidade científica para justificar estes ciclos. O que se sabe são os efeitos dos fenômenos no clima que são, por regra, durante o La Niña, as chuvas diminurem na região Sul e aumentarem no Norte e Nordeste. Já no Sudeste e no Centro-Oeste, há riscos de períodos muitos frios, com as temperaturas abaixo da média histórica. Foi assim por exemplo, na última vez em que o fenômeno ficou ativo, entre 2020 e 2023.
