Brasil: governadores se reúnem para tomar medidas relacionadas a taxação americana

Brasil: governadores se reúnem para tomar medidas relacionadas a taxação americana

O governador Cláudio Castro esteve presente em uma reunião com diversos governadores na semana passada para discutir os efeitos do chamado “tarifaço” americano. A taxa de exportação de 50%, imposta pelo governo dos Estados Unidos ao Brasil, está em vigor desde a última quarta-feira (06/08). Estiveram presentes na reunião os governadores Tarcísio de Freitas (SP), Ibaneis Rocha (DF), Ronaldo Caiado (GO), Ratinho Junior (PR), Romeu Zema (MG), Wilson Lima (AM), Jorginho Melo (SC) e Mauro Mendes (MT).

Esta é uma crise que exige união e estratégia. O Rio de Janeiro é o segundo maior exportador para os EUA e não pode ficar à mercê de decisões que afetam diretamente empregos, empresas e arrecadação. Nosso papel é agir com firmeza: estamos trabalhando com ações concretas e planejamento desde julho, quando criamos um Grupo de Trabalho específico para enfrentar esse cenário. Queremos que o Governo Federal negocie com a mesma energia e determinação que estamos tendo no nosso estado. Não vamos nos omitir” afirmou o governador Cláudio Castro.

Durante o encontro, os governadores definiram que irão cobrar do Governo Federal mais efetividade, transparência e ações concretas nas negociações com os Estados Unidos. Também decidiram buscar o apoio dos presidentes de partidos para fortalecer a articulação das bancadas no Congresso Nacional, defendendo a autonomia de cada poder.

Os chefes dos Executivos estaduais pediram ainda que o Governo Federal anuncie medidas para preservar empregos e dar suporte aos setores produtivos mais afetados. No caso do Rio de Janeiro, estão em estudo iniciativas para proteger trabalhadores e pequenas e médias empresas, incluindo a criação de uma linha de financiamento especial.

Segundo estimativa da FIRJAN (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro), o impacto no PIB fluminense pode chegar a R$ 123 milhões. Em 2024, 48 municípios do estado exportaram para o mercado norte-americano e poderão sentir os efeitos da nova tarifa.

O Rio de Janeiro é o segundo maior estado exportador para os EUA, com destaque para petróleo refinado e semimanufaturados de ferro e aço. Somente em 2024, foram US$ 7,4 bilhões em produtos enviados para aquele país; no primeiro semestre de 2025, o valor chegou a US$ 3,2 bilhões. A FIRJAN calcula que cerca de 2% das exportações fluminenses estarão sujeitas à tarifa, com impacto direto sobre setores estratégicos como o siderúrgico.

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