O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), criou um grupo para analisar os impactos da taxação determinada pelo governo americano aos produtos brasileiros. O objetivo é entender como será o impacto das tarifas na economia fluminense. No ano passado, o Rio de Janeiro exportou R$ 7,4 bilhões em produtos para os norte-americanos. Entre os principais itens da carteira de exportação fluminense estão petróleo refinado e os produtos manufaturados de ferro e aço.

A Secretária Estadual de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços do Rio de Janeiro, Fernanda Curdi, acredita caso seja aplicada, a sobretaxação deve inviabilizar a exportação do aço produzido no território fluminense, comprometendo a economia do estadual. “No Rio destacam-se o petróleo refinado e os produtos manufaturados de ferro e aço. O petróleo, em nível nacional, é o segundo produto mais exportado, sendo que o estado do Rio de Janeiro responde por 71% da produção nacional de óleo e gás, consolidando-se como o principal exportador do setor”, esclareceu a ela.

Curdi também acrescentou que o peso do impacto no setor de aço. “É um setor de grande relevância, com significativas exportações para os Estados Unidos, realizadas por grandes siderúrgicas localizadas no Rio de Janeiro. A aplicação de uma tarifa de 50% sobre o aço tornaria o produto inviável para o mercado americano, acarretando, inclusive, a paralisação e uma drástica redução das exportações”, analisou.

O grupo de trabalho será presidido pela Secretaria da Casa Civil e integrado por membros das secretarias do Gabinete do Governador, Planejamento e Gestão, Fazenda, Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços e de Energia e Economia do Mar.