O líder do governo no Senado Federal, senador Jaques Wagner (PT-BA), afirmou nesta semana que apoia o debate sobre a redução das penas impostas aos condenados pelos atos do dia 08 de Janeiro de 2023. A declaração, feita para o portal Metrópoles, contraria a posição oficial do Partido dos Trabalhadores (PT), que tem se manifestado contra o projeto que revê a dosimetria das penas.

Wagner ressaltou que respeita a decisão de seu partido, mas não vê o debate como um ataque à democracia. Segundo ele, revisar a dosimetria não significa ceder aos golpistas, mas fazer uma distinção proporcional entre níveis de responsabilidade.

“O Código Penal é alterado o tempo todo. Acho legítimo o Congresso discutir se as penas estão de mais ou de menos”, disse ele. O senador também diferenciou os envolvidos nos atos, sugerindo penas mais leves para os que ele chamou de “massa de manobra” e punições mais severas para os articuladores do ataque. Ele disse entretanto que “Não dá para afrouxar para quem quis matar autoridades ou derrubar uma eleição legítima”.

Jaques Wagner não é o primeiro petista do alto escalão que concorda em rever as condenações em algum nível neste caso. Recentemente Washington Quaquá, prefeito de Maricá, e ex vice-presidente nacional do partido, afirmou ser a favor da anistia para quem apenas depredou a Praça dos Três Poderes naquela data.