Brasil: Ministério da Educação avalia expansão do ENEM para países da região

Brasil: Ministério da Educação avalia expansão do ENEM para países da região

Após o fim do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), o Ministro da Educação, Camilo Santana (PT), anunciou que a partir do próximo ano que as provas já poderão ser aplicadas em países da região. A informação foi dada durante coletiva de imprensa que contou também com a presença do presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), Manuel Palacios, órgão responsável pela elaboração do exame.

Segundo o ministro, a proposta surge em um contexto de crescente interesse pela participação de alunos de outros países do Mercosul (Mercado Comum do Sul), como é o caso de estrangeiros de países vizinhos que decidem vir ao Brasil estudar.

O ministro também lembrou que a criação, em 2010, da Universidade Latino-Americana da União do Mercosul (UNILA), no Paraná, reforça a necessidade de abrir portas para estudantes internacionais. Quem deseja concorrer a uma das vagas dos 29 cursos de graduação desta universidade, por exemplo, pode acessar por duas formas de ingresso: para brasileiros, utilizando a nota do ENEM e, para outros latino-americanos, utilizando o histórico escolar do candidato.

Hoje, o ENEM ocorre apenas dentro do Brasil e os candidatos podem usar a nota para entrar nas universidades públicas e privadas. Inicialmente, o INEP avalia a viabilidade de aplicar o exame em três capitais de países da região: Buenos Aires, na Argentina, Montevidéu, no Uruguai, e Assunção, no Paraguai. A ideia é que a prova seja aplicada em português, mas a medida ainda depende de análise detalhada, incluindo custos e logística, e deverá ser apresentada antes do início das inscrições.

Santana também anunciou que, a partir de 2026, o ENEM passará a ser uma avaliadora do Ensino Médio no país, mas não substituirá a aplicação bianual do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (SAEB).

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