O tarifaço que o presidente americano, Donald Trump, impôs aos produtos brasileiros de exportação acabou não provocando o efeito que a esquerda tinha previsto. Os preço não caíram, pelo contrário, continuam altos.
O raciocínio era simples. Havendo menos exportações para os Estados Unidos, sobraria carne no mercado interno. Essa sobra de proteína faria com que fatalmente os preços diminuíssem pelo excesso de oferta. Não foi o que aconteceu.
Os motivos da da alta são diversos. Nessa época do ano, por exemplo, a estiagem provoca falta de pasto e o boi leva mais tempo para engordar. A cotação da arroba do boi gordo, que é o valor pago aos pecuaristas, vem se mantendo na casa dos R$ 300 há quase um ano.
Bom para os criadores de gado que estão faturando, mas ruim para quem frequenta o balcão do açougue. “(…) Esse quadro não deve se alterar até o final do ano. O que a gente enxerga é um cenário que segue pressionado do ponto de vista de preços e, para o consumidor brasileiro, uma carne um pouco mais cara do que a gente viu em outros anos”, explica André Diz, professor de economia do IBMEC-SP(Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais de São Paulo).