Está reforçada a máxima: os deputados bem votados do PL estão com tudo, e estão prosas, na formação dos diretórios municipais. No estado do Rio o partido está fatiando os núcleos de poder entre os deputados por área geográfica de atuação.
O diretório do PL em Queimados na Baixada Fluminense, por exemplo, deu posse a nova direção com as bênçãos do deputado federal Hélio Negão. Já Nova Friburgo na região serrana é um feudo do deputado federal Luiz Lima. São Gonçalo está sob a responsabilidade do deputado estadual Douglas Ruas e de seu pai, o prefeito Capitão Nelson. Em Itaperuna quem manda é o habitante do Largo da Carioca Jair Bittencourt. Niterói ficou para o deputado federal Carlos Jordy.
Os prefeitos não foram esquecidos no jogo do poder do PL. Em Itaboraí, o partido é comandado por Marcelo Delarolli; em Saquarema a alcaide é Manoela Peres. Já no comando do diretório de Mesquita está Jorge Miranda; em Nilópolis, o Abraãozinho; em Paracambi é Doutor Flávio e a esposa, a prefeita Lucimar.
A capital é um capítulo a parte e deve ser decidida diretamente pelo próprio Bolsonaro. O presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, afirmou em entrevista que o general Braga Netto não está lá tão disposto para concorrer à Prefeitura do Rio no ano que vem. Segundo o cacique, a vice dos sonhos para a chapa com o general seria a deputada federal Chris Tonietto. Advogada e Católica, ela foi reeleita em 2022 com pouco mais de 52 mil votos. Segundo Valdemar, a chapa com os dois seria “imbatível”.