Petróleo traz dinheiro, mas também, responsabilidade. Este deveria ser o alerta às cidades fluminenses que nadam nos recursos dos royalties e da participação especial, movidos pelo ouro negro.
O dinheiro no caixa aumenta, mas na mesma medida que a demanda social. Em Maricá, por exemplo, 58% da população está no Cadastro Único para Programas Sociais, o CadÚnico do governo federal. A cidade não é, nem de longe, a única.
Em Saquarema, são 70,80% dos moradores. Em São João da Barra, 70,93%. Os dados são do CadÚnico e têm como base o último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A explicação, segundo os prefeitos, é que pessoas migram para o território mais rico em busca de oportunidades. Acabam não conseguindo, e passam a viver dos programas sociais.
É curioso observar, ainda, que municípios da Bacia de Campos, onde a produção de petróleo está caindo, vivem uma redução no número de pessoas em situação de vulnerabilidade. Já os que integram a Bacia de Santos, a nova meca da extração do ouro negro, passam por um aumento.