Estado: Reis dobra a aposta e segue se aproximando de Paes

Estado: Reis dobra a aposta e segue se aproximando de Paes

Em Duque de Caxias, a mais populosa cidade da Baixada Fluminense e o segundo maior colégio eleitoral do estado, o chão está, definitivamente, riscado. Na semana passada, o presidente da ALERJ (Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro), Rodrigo Bacellar (UNIÃO), foi recebido com pompa por opositores de Netinho Reis (MDB), prefeito do município.

Já no domingo (29/06), foi a vez do prefeito Eduardo Paes (PSD), principal adversário de Bacellar na disputa pelo governo do estado, postar um vídeo ao lado dos irmãos Washington e Rosenverg Reis, tios do prefeito. Acontece que Washington Reis (MDB), além de presidente estadual do MDB, é também secretário estadual de transportes do governo Cláudio Castro (PL), fiador da candidatura de Rodrigo.

Washington tem estado no centro das discussões sobre a lealdade dos partidos que integram a base do governo Castro. Isso em virtude de, apesar de integrar o primeiro escalão do governo, ele se recusar a declarar seu apoio ao presidente da ALERJ em 2026.

Em retaliação aliados de Bacellar aprovaram no plenário da ALERJ a convocação de Reis (MDB), para prestar esclarecimentos à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Transparência. Foram 58 votos favoráveis à convocação e apenas 1 contrário (o de Rosenverg Reis, irmão de Washington). Também foi aprovada a convocação do presidente do Departamento de Transportes Rodoviários (DETRO-RJ), Leonardo de Lima Matias pela CPI da Desordem Urbana.

O clima esquentou durante a votação. Rosenverg acusou Bacellar de politizar o debate, ao que o presidente reagiu afirmando que ele estava desrespeitando parlamento. A disputa entre os principais nomes cotados para o governo do estado em 2026 segue ganhando novos contornos.

Diante de uma alta temperatura nesta pré-campanha, aliados de Rodrigo já vinham se revezado ao microfone do plenário, pedindo a exoneração do secretário por infidelidade. Apesar da pressão, Castro tem mantido silêncio sobre a permanência do emedebista na pasta, uma das mais importantes do governo.

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