As gestões muito bem avaliadas pelos moradores de Miguel Pereira (André Português), Mesquita (Jorge Miranda), Barra Mansa (Rodrigo Drable) e Nova Iguaçu (Rogério Lisboa), garantiram aos prefeitos que estão saindo um vaga quentinha no bairro das Laranjeiras, na capital carioca. Eles terão que deixar as prefeituras porque estarão encerrando os seus segundos mandatos. As cadeiras de prefeito dessas cidades, entretanto, ficarão nas mãos de seus pupilos e sucessores.
O destino do quarteto, ao que tudo indica, o secretariado do governador Cláudio Castro (PL). Eles serão contemplados na rearrumação do governo, prevista para depois do G20, que será realizado no Rio de Janeiro na próxima semana. Os convites não serão necessariamente para secretarias. Assessorias especiais ligadas diretamente ao governador também estão na cesta de oportunidades.
Segundo as especulações, André Português iria para a Secretaria de Desenvolvimento Econômico ou para Turismo. Jorge Miranda, para a Transformação Digital. Há quem aposte ainda que Castro vá criar uma secretaria, a do Interior, para Drable.
Já o PL, partido do governador e dono da maior bancada da ALERJ (16 deputados), quer aumentar sua participação no governo. A legenda busca garantir um espaço que seja compatível com o tamanho da bancada. O partido tem certeza que esta sendo subvalorizado. Indicou apenas os comandantes de quatro secretarias — das Cidades, Ciência e Tecnologia, Agricultura e Defesa do Consumidor.
O União Brasil, partido de Rodrigo Bacellar (Presidente da ALERJ), possui 8 deputados e tem o comando de cinco secretarias (Governo, Educação, Desenvolvimento Econômico, Envelhecimento Saudável e Habitação). Além dos poderosos presidentes do Departamento de Estradas de Rodagem (DER), do DETRAN e do Rio Previdência.
O Solidariedade, com três deputados, comanda a Cultura, o Meio Ambiente e o IPEM. O MDB, com a sua modesta bancada de dois deputado tem no bornal as poderosas secretarias de Transportes e de Esportes. Já o Republicanos (3 deputados) administra a pasta de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos.
O Podemos e seus dois parlamentares na ALERJ indicaram o secretário de Trabalho e Renda. O Avante, que só tem Jorge Felippe Neto como representante no parlamento estadual, está com o Instituto de Terras e Cartografia do Estado (ITERJ).
Essa é a geografia do poder no bairro das Laranjeiras e que está prestes a mudar. Como no velho jogo de tabuleiro War, os exércitos estão distribuídos e os dados vão rolar. Resta saber quem vai conquistar (e quem vai perder) mais territórios no fim de 2024.
