O governo Lula, de acordo com a Folha de S.Paulo, recusou a oferta de auxílio do Uruguai, que incluía lanchas, um avião e drones para ajudar no resgate das vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul. O pedido de ajuda foi feito pelo governador gaúcho, Eduardo Leite, buscando apoio das autoridades do país vizinho para resgatar os afetados pelas inundações.
A solicitação envolvia o empréstimo de duas lanchas motorizadas, com tripulações, dois drones para busca de pessoas em situação de isolamento, com seus operadores uruguaios, e um avião de transporte Lockheed KC-130 H Hercules. A aeronave seria usada para transportar as lanchas até as áreas afetadas e também para levar doações humanitárias recolhidas no Uruguai.
Embora o governo uruguaio tenha concordado em conceder o auxílio, o governo federal brasileiro recusou, alegando que os equipamentos não eram necessários no momento. Em nota, o Ministério da Defesa alegou que o Comando Militar Conjunto recusou a oferta da aeronave devido a restrições de pistas disponíveis para pouso em Porto Alegre.
A Defesa justificou que o Brasil possui o avião KC-390, que atende às necessidades de transporte, podendo pousar em pistas menores e transportar maior carga. Ainda segundo o texto, o resgate e apoio humanitário estão sendo realizados com 243 embarcações e drones das Forças Armadas.
À imprensa, o Itamaraty disse que quem toma as decisões sobre os trabalhos emergenciais no Rio Grande do Sul é o Comando Operacional Conjunto da Operação Taquari 2, “do qual participa o governo do Estado do RS”.
José Henrique Medeiros Pires, secretário-executivo do governo do Rio Grande do Sul, rebateu a argumentação, como os casos das lanchas, de que as embarcações não seriam necessárias. Ele sustenta que o estado gaúcho chegou a contar com os equipamentos oferecidos pelo Uruguai para uma operação de transferência de presos de uma penitenciária alagada. Para Pires, mesmo que não houvesse necessidade imediata, os dispositivos seriam importantes.