Itaperuna: alunos da UNIG protestam contra mudanças no sistema de avaliação

Itaperuna: alunos da UNIG protestam contra mudanças no sistema de avaliação

Em Itaperuna, estudantes da Universidade Iguaçu (UNIG) se mobilizaram em protesto contra uma mudança no sistema de avaliação acadêmica que deve passar a vigorar a partir do segundo semestre. A medida, segundo a reitoria, visa melhorar a experiência educacional e preparar os alunos para o mercado de trabalho.

No entanto, diversas entidades estudantis classificaram a mudança como prejudicial e unilateral. A nova metodologia estabelece a aplicação de três provas por semestre: a P1 (mantida nos moldes tradicionais), a P2 (que agora será cumulativa, abrangendo todo o conteúdo do semestre) e a P3, que passa a unificar segunda chamada e o que seria a prova de recuperação, também com conteúdo integral.

A decisão causou forte reação entre os estudantes. O Diretório Acadêmico Renam Catharina Tinoco (DARCT), da Medicina, publicou uma nota de repúdio, afirmando que a mudança compromete o rendimento e o bem-estar dos alunos, além de dificultar a conciliação das disciplinas ao longo do semestre. O grupo também criticou a ausência de participação discente no processo de decisão. “Somos sistematicamente excluídos das decisões tomadas pela administração”, destacou o comunicado.

Na mesma linha, a Atlética de Enfermagem afirmou que a nova configuração “inviabiliza a conciliação adequada das múltiplas disciplinas”, além de ter sido implementada “sem planejamento participativo”. A entidade denunciou impactos na saúde mental dos estudantes e cobrou mais diálogo da universidade.

A Atlética de Fisioterapia também se manifestou publicamente contra a reformulação. Em nota, o grupo alertou para a sobrecarga cognitiva e o risco de evasão estudantil, especialmente entre alunos que trabalham ou enfrentam outras responsabilidades. A entidade solicitou a reavaliação urgente do novo modelo.

Já a Atlética de Direito classificou a decisão como preocupante e afirmou que a mudança foi feita sem qualquer escuta da comunidade discente. A nota alertou para os riscos de adoção de um sistema mais exigente sem oferecer apoio pedagógico adequado. “Melhorias reais passam por escuta ativa, diálogo transparente e apoio pedagógico, não por medidas unilaterais que ignoram a realidade dos estudantes” diz a nota.

Fonte: Guia do Estado

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