Recentemente, na imprensa local, foi levantada uma crítica a cerca do reajuste no valor pago pela Prefeitura de Itaperuna a empresa que realiza a coleta de lixo do município. O questionamento girava em torno do fato de que o prefeito Emanuel Medeiros (Nel) reajustou o contrato mesmo tendo declarado estado de calamidade financeira na secretaria de saúde. Alguns vereadores de oposição, com base nessas notícias, chegaram a questionar a calamidade em questão.
O problema é que o reajuste já estava previsto no contrato, que foi assinado ainda na gestão de Alfredão, ex-prefeito. Além disso a porcentagem do reajuste (4,69%) foi dentro do esperado segundo o IPCA (índice que mede a inflação), tendo sido ainda diluída ao longo do ano.
O valor total do reajuste realizado no contrato foi de 535.227,42 reais, que distribuídos ao longo de 12 meses representam um acréscimo 44.602,20 reais por mês. Foi um acréscimo tão monstruoso assim?
Aliás, o valor anual do contrato pela coleta de lixo em Itaperuna é de 11.412.098 de reais, que sendo divididos por 12 meses significam um gasto de 951.008 reais em coleta de lixo. Esse valor dividido pela quantidade de habitantes (+/- 100 mil) representaria R$ 9,50 reais para mensais para coletar o dejetos de cada habitante. Isso em uma cidade que tem 100 km de ponta a ponta.
Agora, ainda que se considerasse o valor alto, já não era na época de Alfredão, quando o contrato mensal custava apenas 44 mil reais a menos?