O Tribunal Regional Eleitoral (TRE), da 112ª Zona Eleitoral, cassou a prefeita de Miracema, Alessandra Freire (REP), por acusação de compra de votos. A sentença foi proferida, na sexta-feira (27/06), pela juíza Letícia de Souza Branquinho. Junto dela também foi determinada a cassação do diploma do vice-prefeito, Mauricio Vô (SDD), e multa de R$ 30 mil para cada.
Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije) foi movida pelo candidato derrotado Charles Magalhães (PP), representado pelo escritório Viveiros de Castro Advogados Associados. Segundo a ação, Maurício Vô, junto com seu filho, procurava eleitores e oferecia R$ 100 pelo voto. Enquanto isso, pessoas que atuavam como captadores receberiam R$ 250. Ainda de acordo com a petição, o esquema acabou vindo à tona após um descumprimento do acordo.
Depois das eleições, os investigados teriam modificado o acordo com os captadores e, ao invés de pagarem R$ 100 por voto, ofereceram R$ 250 por família. Alguns desses eleitores teriam denunciado o caso à coligação de Magalhães, que, por sua vez, ingressou com a ação.
“No caso, não há dúvidas quanto à elevada gravidade qualitativa da conduta, considerando o intrincado ‘esquema’ de compra de votos arquitetado pelos investigados, que envolvia a realização de reuniões privadas, a colaboração de ‘intermediários’ e a elaboração de listas de eleitores”, escreveu a juíza.
A decisão foi em primeira instância e portanto, Alessandra Freire ainda poderá recorrer a instâncias superiores.
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