Embora seja um dos casos mais graves de perseguição religiosa no mundo hoje, a violência contra cristãos na Nigéria desperta pouca ou nenhuma atenção da grande imprensa e de ativistas ocidentais. Em alguns poucos países a grande imprensa dá mais destaque ao assunto, porém, em geral, existe um apagão de informações, que os cristãos buscam reverter.
A ACN (Ajuda à Igreja que Sofre, sigla em inglês), uma fundação da Igreja Católica, em seu relatório de 2023-2024 sobre liberdade religiosa, registrou a onda de violência crescente impulsionada em grande parte por grupos terroristas islâmicos com matanças e raptos. Entre os casos destacados, estão duas chacinas quando pelo menos 1100 cristãos, incluindo 20 pastores e sacerdotes, foram mortos em ataques coordenados no estado nigeriano de Plateau.
A organização cristã protestante Portas Abertas também colocou a Nigéria na sétima posição no seu mais recente ranking sobre perseguição religiosa pelo mundo. “Mais cristãos são mortos por sua fé na Nigéria do que em qualquer outro lugar no mundo. Os militantes também destroem casas, igrejas e meios de subsistência, como as roças das famílias cristãs”, afirmou a organização.
A organização local Sociedade Internacional para as Liberdades Civis e o Estado de Direito (Intersociety) estimou que cerca de 52 mil cristãos e 34 mil muçulmanos moderados foram mortos no país africano entre 2009 e 2023. Entre os anos de 2015 até o ano retrasado (2023), 18 mil igrejas foram atacadas na Nigéria, de acordo com a Intersociety.
A escalada de violência fez com que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, começasse a exercer pressão para que medidas sejam tomadas pelo governo Nigeriano. Uma das medidas de Trump, tomada no final de outubro, foi designar a Nigéria como um país de preocupação especial, o que abriu espaço para imposição de sanções.
Em setembro, o comediante e comentarista americano Bill Maher criticou os setores da imprensa e os ativistas que não se indignam com a violência contra cristãos na Nigéria. “Se você não sabe o que está acontecendo na Nigéria, suas fontes na imprensa são uma droga. Você está vivendo numa bolha”, disse ele em seu programa de TV.
Fonte: Gazeta do Povo











