A INTERPOL (Organização Internacional de Polícia Criminal) sustenta que são insuficientes os indícios apontados pelo ministro Alexandre de Moraes contra o jornalista Allan dos Santos. Em virtude disto a organização votou a negar a divulgação do nome do jornalista como foragido internacional.
Ao determinar a prisão preventiva de Allan dos Santos em 2021, o ministro Alexandre de Moraes já havia pedido que a INTERPOL incluísse o jornalista na lista vermelha da organização. A inclusão levaria a um alerta mundial para localização e prisão da pessoa citada.
Na época a organização já havia resistido ao pedido e solicitado mais informações a Moraes relacionadas à acusação de crime de lavagem de dinheiro. O ministro teria dito que “não estava em condições de fornecer mais informações”, conforme indica um e-mail da Secretaria Geral da Interpol para o gabinete do magistrado.
Em 15 de dezembro de 2022, a INTERPOL informou que não havia incluído o jornalista na lista vermelha por falta de esclarecimentos quanto aos eventuais crimes que teriam sido cometidos. Allan dos Santos é apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e é considerado foragido da justiça, ainda que não tenha sido denunciado pelo Ministério Público, ele é investigado nos inquéritos das Milícias Digitais e das Fake News, conduzidos pelo STF (Supremo Tribunal Federal).