Mundo: Itália muda as regras e restringe cidadania

Mundo: Itália muda as regras e restringe cidadania

O governo da Itália aprovou ontem (28/03) uma reforma que limita a conceção de cidadania por descendência até duas gerações. Agora, será necessário que pelo menos 1 dos pais ou avós tenha nascido no país. Antes, era suficiente ter um bisavô ou tataravô italiano.

Estima-se que, sob a lei atual, 60 a 80 milhões de pessoas em todo o mundo poderiam solicitar o reconhecimento, segundo o Ministério das Relações Exteriores da Itália. A mudança afeta especialmente imigrantes latino-americanos, como os da Argentina e do Brasil.

No entanto, quem já foi reconhecido como cidadão por tribunal, município ou consulado manterá a cidadania. Pedidos enviados até às 23h59 (horário de Roma) de 27 de março de 2025 também serão processados conforme as regras antigas.

A reforma será implementada em duas etapas. A 1ª etapa, que já está em vigor, estabelece que os descendentes de italianos nascidos no exterior terão a cidadania automática só por duas gerações. Já a 2ª fase, que ainda será introduzida em uma reforma mais detalhada, exigirá que os cidadãos nascidos fora da Itália mantenham laços reais com o país, exercendo direitos e deveres da cidadania pelo menos uma vez a cada 25 anos, com a hipótese de perda da cidadania por “desuso”. O governo ainda não especificou quais direitos e deveres serão exigidos.

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