Quando Alfredão retornou ao cenário político Itaperunense em 2020 e foi eleito para mais um mandato de prefeito muitas expectativas surgiram. Dentro do grupo que acompanhava Alfredo podia-se ver há quilômetros de distância o alívio de alguns em estar de volta ao poder e os agregados com olhos brilhantes vendo que fariam parte da elite política itaperunense. Falavam com toda pompa e soberba: “Eu estou no grupo que está há 50 anos no poder…“.
Não demorou muito para o alívio de respirar novos ares voltar a ser um apenas sonho dos, agora, Governistas. Diferentemente dos tempos gloriosos do primeiro Governo Alfredão, rapidamente algumas pessoas, em especial os agregados, perceberam que quem ocuparia o centro de poder não seria o grupo, mas uma única pessoa com perfil autoritário.
Acontece que quando era para o grupo dar um basta nos anseios arbitrários do chefinho, deram-lhe mais poder, deixando-lhe confortável para aumentar o peso do seu punho de ferro. Os governistas tem aguentado calados os mandos, desmandos e humilhações de, nas palavras de um vereador, um menos zero que virou deputado.
Só que as eleições estão se aproximando e recentemente parece que essa postura de “quem manda aqui sou eu” não está sendo mais tolerada. O que antes era engolido seco agora está se tornando a desculpa perfeita para pular o muro.
Para se ter um termômetro de quão acalorado está o relacionamento do grupo governista com seu patrão, basta acompanhar as sessões da Câmara Municipal de Itaperuna. O comportamento dos vereadores de base de Alfredão demonstra que o grupo esta visivelmente insatisfeito. Até mesmo a Líder do Governo, vereadora Sgt. Cristiane, que antes defendia com unhas e dentes o governo, hoje cobra e fala que o prefeito precisa “se virar para resolver“.
A situação, embora na natural calmaria de final de ano, nos permite presumir que os vereadores sabem que o buraco está mais fundo do que parece. Considerando principalmente que foi a base governista que obedeceu ao chefe e não aumentou o número de cadeiras da Câmara dificultando assim a sua própria reeleição em benefício do prefeito. Não tenha dúvida, a nova lei eleitoral fará com que os atuais vereadores enfrentem severos problemas para se reeleger justamente pelo número limitado de vagas nos partidos.
É possível compreender de fato a posição de quem está no governo por necessidade, pois precisa do emprego. O que não é possível é entender a postura quem continua ali sem precisar, se sujeitando à humilhações e tendo que carregar o fardo de ser apoiador do pior governo da história de Itaperuna.