Nessas primeiras semanas do novo governo da prefeitura de Itaperuna, talvez nenhuma secretaria tenha sido tão demandada e cobrada quanto a secretaria de Obras. Mônica Alceno, secretária que comanda a pasta, virou alvo regular de ataques dos saudosistas do ex-secretário, Alexandre da Auto-Escola.
Eis que como mágica, veículos de comunicação passaram a fingir que Mônica ocupa o posto há tempo suficiente para resolver por completo as demandas da gigante secretaria de Obras. Nem parece que a secretária assumiu junto com o prefeito, Emanuel Medeiros (Nel), no dia 01 de janeiro (6 semanas atrás).
É necessário relembrar aos esquecidos, que no dia 26 de dezembro, menos de dois meses atrás, a cidade chafurdava no lixo não recolhido. Ou será que os convenientemente esquecidos não consideram que a responsabilidade pela ausência da coleta de lixo no final do ano era do então secretário de Obras?
Aquela foi a terceira vez (que nós lembramos) que a coleta foi suspensa durante a administração de Alexandre da Auto-Escola a frente da secretaria de Obras. O motivo? Atraso no pagamento da empresa responsável pela prefeitura. A coleta só retornaria a completa normalidade no dia 2 de janeiro deste ano, já com Nel na cadeira de prefeito e Mônica chefiando o setor.
Poda, capina, coleta de galhada, iluminação pública, esgoto, distribuição de água, asfaltamento, obras, fiscalização de obras e até zeladoria de prédios da prefeitura – tudo isso é responsabilidade da pasta chefiada por Mônica. Estava bom no final do ano passado e ficou ruim agora? Ou já estava ruim e apenas agora, como que por mágica, alguns veículos de comunicação decidiram cobrar melhorias instantâneas em apenas 6 semanas?
Mônica está, como a maioria do secretaria de Nel, assobiando e chupando cana ao mesmo tempo desde que assumiu. Resolvendo problemas presentes, apagando incêndios passados e tendo que planejar o futuro. Para se ter uma ideia a secretária teve de pagar em janeiro R$ 864.327,15 reais em dívidas herdadas do governo Alfredão apenas com a empresa Plural, que realiza a coleta de lixo.
Uma das matérias que atacavam a competência da secretária, reclamavam que os funcionários da Plural estavam recolhendo, além do lixo, galhadas das ruas do município. O ponto curioso é que ao menos as galhadas estão sendo recolhidas o que antes certamente não ocorria. Afinal, se não recolhiam nem o lixo, iriam recolher os galhos?
Outro ataque completamente descabido foi alegar que houve um reajuste desproporcional no valor do contrato com a Plural. O valor subiu em 4,69% pelo IPCA (índice que mede a inflação) distribuídos durante o ano.
No total o reajuste no contrato foi de 535.227,42 reais, que distribuídos ao longo de 12 meses representam um acréscimo 44.602,20 reais por mês. Foi um acréscimo tão monstruoso assim?
O valor anual do contrato é de 11.412.098 milhões de reais, que sendo divididos por 12 meses significam um gasto de 951.008 reais em coleta de lixo. Esse valor dividido pela quantidade de habitantes representaria R$ 9,50 reais para cada habitante. Isso para que se realize a coleta do lixo em uma cidade que tem 100 km de ponta a ponta.
Agora se você considera o valor alto, já não era na época de Alfredão quando o contrato mensal custava apenas 44 mil reais a menos? Não precisa ter paciência para se cobrar soluções, mas precisa ter pelo menos uma boa memória e no mínimo um pouco de bom senso.
Veja abaixo o relatório de pagamento a Plural referente ao ano de 2024 retirado do portal da transparência:
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