Já passou da hora da turma de esquerda se conformar que Rosângela (Janja) da Silva é apenas a esposa do presidente Lula. Ela mesmo não parece estar disposta a aceitar a posição que o destino lhe reservou, mas a população, principalmente a que apoia Lula, deveria conformar-se.
Ao querer para si um protagonismo que pertence por direito a Lula e a Geraldo Alckmin, Janja acaba por atrapalhar o governo. No seu evento particular bancado pelos cofres públicos a primeira não-dama, jogou pela janela qualquer possibilidade de uma atuação mais pragmática do Brasil em cenário internacional com Trump na presidência americana. Isso apenas por querer xingar alguém.
A esquerda passou anos dizendo que as trapalhadas de Bolsonaro por sua língua solta complicavam a imagem do Brasil no exterior, agora fingem não perceber os problemas causados por Janja. A outra saída para a turma que gosta da moça seria nomeá-la logo a algum cargo ou elegê-la. Assim retiraria essa imagem de ser apenas uma mulher intrometida nos assuntos de estado para os quais não foi eleita.
Esperamos com firmeza que nenhum desavisado venha dizer que as críticas a Janja são na verdade alguma espécie de machismo velado. Primeiro em virtude do tipo de crítica extrema pela qual passou e passa a ex-primeira, essa sim dama, Michele Bolsonaro. Segundo pela obviedade de que esposas (maridos) de políticos são, quer queiram ou não, meros acompanhantes e não os tomadores de decisões.