Quem não se lembra da propaganda que dizia “Agro é tech, Agro é pop, Agro é tudo“? Dois eventos recentes ocorridos no Noroeste Fluminense promovidos pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Regional do Interior (SEDIPAF), liderada por Jair Bittencourt, a Expo Nelore e a Copa do Leite provaram que a agricultura fluminense continua pop.

Longe da fronteira agropecuária do país, o estado do Rio de Janeiro normalmente não é associado ao setor brasileiro. Os dois eventos entretanto, apesar de não ter seu potencial devidamente explorado na mídia diante de seus respectivos tamanhos, mostraram que ainda existe muita grandeza e novidade no agro estadual.

Motivados pela necessidade de adaptação , o homem do campo do Rio de Janeiro vem especializando-se em lidar com o que não tem. Não tem grandes extensões grandes de terra, especializou-se na qualidade do produto. Não tem muita mão de obra, então se especializa em culturas familiares. Não tem disponibilidade de recursos, tornam-se cooperativistas.

São investimentos em genética, branding, manejo, associações, etc. que juntos criaram uma espécie de “agro boutique”. Neste sentido eventos como a Copa do Leite ou a Expo Nelore, muitas vezes entendidos como frívolos ou sem sentido, são fundamentais na promoção desse produtor e seus produtos. É a principal atividade econômica do país apresentados no local mais reconhecido, o Rio de Janeiro.

Eventos assim servem para troca de experiências, negócios e, principalmente, vitrine. Mostrar que existe, além do tradicional, muito espaço para a agropecuária fluminense, apresentando junto os cases de sucesso.

Embora iniciantes, do ponto de vista internacional, as iniciativas da SEDIPAF propõe um produto rural fluminense com uma cara um tanto quanto mais europeia. Em resumo, focado no melhoramento genético, na pequena agro indústria, na qualidade do produto e na produção artesanal.

No longo prazo, não havendo nenhum grande distúrbio no caminho, o interior do Rio de Janeiro pode se tornar como o interior da Itália. Cheio de pequenas propriedades com produtos de altíssima qualidade que enriquecem e movimentam regiões inteiras. Sendo este o objetivo de Bittencourt, é um futuro bastante promissor para um setor que é normalmente fica muito esquecido em nosso estado.