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Pacheco, Lira e Alckmin são os beneficiados por ato de Bolsonaro

Pacheco, Lira e Alckmin são os beneficiados por ato de Bolsonaro

Não foi uma semana boa para o Presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva. Ao comparar as ações de defesa do Estado de Israel com os atos da Alemanha Nazista, Lula deu oportunidade a uma primeira grande crise em seu mandato. Além de ser repreendido dentro e fora do país, ganhou um pedido de impeachment recorde contra si – 139 assinaturas de Deputados Federais. Ontem (25/02) ainda viu seu rival, o ex-presidente Jair Bolsonaro, reunir milhares de pessoas em São Paulo e 1/5 de cada uma das casas legislativas no palanque.

A questão não é Bolsonaro e sim o cálculo político dos outros políticos. Todos agora sabem que existe uma multidão que está disposta a ir as ruas contra Lula e de quebra também sabem que Lula não tem maioria confortável no legislativo. Um velho ditado diz que “tudo muda quando dito em voz alta” e foi isso que aconteceu na semana passada. O que todos sabiam nos bastidores, agora sabem publicamente e por isso a articulação do governo ficou bem mais complicada.

Em outros tempos Lula se escudaria na sua relação com o STF, mas a corte tem se mostrado cansada do jogo de poder político e não se vê mais ameaçada pelos arroubos de Bolsonaro. A menos que o Congresso faça algo diretamente contra o STF, Lula está sozinho nas próximas batalhas.

Os grandes beneficiados do evento promovido pelo ex-presidente Jair Bolsonaro foram personagens que nem lá estiveram e que são, até o momento, aliados de Lula. Rodrigo Pacheco, Presidente do Senado, Arthur Lira, Presidente da Câmara e o Vice-Presidente Geraldo Alckmin ganharam com a manifestação um enorme presente de Bolsonaro.

Os dois presidentes do legislativo federal terão a possibilidade de fazerem seus sucessores sem serem importunados por Lula ou pelo PT. Já o Vice-Presidente Alckmin terá de agora em diante muita boa vontade do Governo Federal. Afinal, uma briga com esses personagens é tudo que Lula não precisa agora.

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