Ontem (10/03) publicamos uma matéria que informava que a Prefeitura Municipal de Porciúncula (PMP) deixou de receber em fevereiro o repasse federal referente ao piso nacional da enfermagem. Embora o município tenha direito a receber do governo federal pouco mais de 100 mil reais por mês referentes ao piso, no mês de fevereiro esse repasse simplesmente não aconteceu.
Como consequência da suspensão, o governo do prefeito Guilherme Fonseca (PSD) está sendo obrigado a realocar recursos afim de quitar os salários dos servidores da enfermagem. Ao justificar o motivo da suspensão na transferência dos recursos, a prefeitura, em nota oficial, tentou jogar a culpa na gestão anterior. Segundo a nota a suspensão ocorreu devidos a falhas no uso dos recursos durante o mandato do ex-prefeito, Léo Coutinho.
O problema é que a nota, além de ser extremamente vaga nas alegações, não explica nada sobre as causas da suspensão. Afinal, Porciúncula recebeu o repasse do piso no mês de dezembro (último mês do mandato de Léo Coutinho) e também recebeu o repasse em janeiro (primeiro mês de Guilherme).
Em resumo, se havia uma irregularidade que levaria a suspensão do repasse e o governo de Guilherme sabia disso, por qual razão não fez as devidas correções antes do corte? Agora, se a suspensão da verba é culpa do governo anterior, por qual razão ela apenas ocorreu no segundo mês do mandato de Fonseca? E não no primeiro, como faria mais sentido pelas alegações da nota?
Enfim, a prefeitura de Porciúncula falou, mas não disse nada…
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