O Governo de São Paulo vai romper o contrato com a concessionária italiana Enel. O anúncio foi feito pelo governador do estado Tarcísio de Freitas (REP) e pelo prefeito da capital paulista, Ricardo Nunes (MDB), junto do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira após reunião sobre o assunto.
A decisão vem após mais uma sequência de dias em que parte da população de São Paulo sofreu com a falta de luz na maior cidade do país, depois da passagem de um ciclone extratropical e rajadas de vento que chegaram a quase 100 km/h na semana passada. No auge da crise, 1,5 milhão de imóveis chegaram a ficar sem energia somente na capital daquele estado. Uma semana depois, na segunda-feira (15/12) desta semana, ainda haviam 50 mil domicílios sem energia. Houveram protestos de moradores contra a a empresa na região metropolitana.
Conforme disse o ministro Alexandre Silveira “(…) a Enel perdeu, inclusive do ponto de vista operacional, as condições para continuar à frente do serviço de concessão em São Paulo“. Segundo o prefeito da capital, foram apresentados documentos que demonstram a ineficiência da Enel na cidade de São Paulo e em outros 23 municípios paulistas atendidos pela concessionária. “Se identificou claramente que a Enel não tem a estrutura e o compromisso para fazer frente às necessidades, principalmente quando tem alguma situação adversa por conta das mudanças climáticas” disse ele.
Agora a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) dará início, a pedido do ministério, ao chamado processo de caducidade, que dá partida ao rompimento de contrato com a multinacional italiana. O prefeito da capital afirmo que com a decisão será aberto caminho para uma empresa que tenha condições de atender bem a população de São Paulo.










