Fundado em 2011 e registrado oficialmente em 2015 o Partido Novo surgiu com a proposta de ser um partido a direita das demais legendas existentes naquele momento. Sua maior liderança nacional é o Governador de Minas Gerais, Romeu Zema, declaradamente oposição a Lula e ao PT.
Embora tenha mais de uma década de existência, o partido sempre teve grande dificuldade de interiorização e isso ocorre em parte pelas dificuldades estatutárias impostas pela direção nacional da legenda. Por isso mesmo o NOVO nunca teve uma representação em Itaperuna ou qualquer outra cidade da região. Só que parece que isso está para mudar.
Há alguns meses Fabrício Bastos vem trabalhando para que o partido passe a existir em Itaperuna e que tenha candidatura própria a prefeito em 2024. Recentemente, conforme foi noticiado pelo Blog Flávia Pires, o rapaz conseguiu inclusive alcançar o posto que equivale a coordenador do partido na cidade.
Para viabilizar uma candidatura a prefeito pelo NOVO em 2024, Fabrício tem se empenhado desde o início do ano para fazer crescer o nome do médico Bruno Sá como possível pré-candidato. É ai que está o problema. Bruno é declaradamente de esquerda, indo totalmente na contramão do partido por onde ele pensa em concorrer a prefeitura.
O médico parece ter cumprido bem a tarefa de excluir os posts de apoio à pautas de esquerda nas suas redes sociais. Ao mesmo tempo ele não faz qualquer questão de esconder sua afinidade com diversas personalidades do Partido dos Trabalhadores, como o Deputado Andrezinho Ceciliano, filho de André Ceciliano, Ministro de Lula. O médico chegou a inclusive ir ao Programa do Adilson Ribeiro acompanhado do Deputado (veja aqui).
Essa possível junção entre um candidato declaradamente de Esquerda combinada a um partido de Direita iria criar uma peculiaridade muito comum da interiorização dos partidos. Só que o NOVO é um partido altamente programático e não aceita esse tipo de casamento entre desiguais. Isso significa que Fabrício vai ter que se esforçar para convencer a direção estadual de seu partido a deixar Bruno concorrer pela legenda, mesmo que ele seja de esquerda, ou acabará tendo que escolher entre seu pré-candidato ou seu partido.