Repulsa global ao comportamento de Lula deve conter crise com Israel

Repulsa global ao comportamento de Lula deve conter crise com Israel

Após a reprimenda humilhante de Israel ao governo Lula (PT), em pleno Museu do Holocausto, para comunicar que o petista é persona non grata naquele país seguido da repulsa mundial às declarações irresponsáveis do presidente brasileiro, a crise não deve piorar. Pelo menos é a expectativa dos diplomatas mais experientes do Itamaraty. As relações bilaterais ficarão “congeladas” ou prejudicadas, ao menos enquanto Lula e Netanyahu ocuparem seus cargos, mas não devem evoluir para um rompimento.

As afirmações levianas de Lula foram feitas fora do discurso preparado pelo Itamaraty. Ele quis improvisar e acabou provocando um desastre. Fontes do Itamaraty acham que Lula reproduziu insultos a Israel que teria ouvido de radicais como Celso Amorim, notório bajulador do Hamas.

Passando pano em terroristas que matam judeus e até no regime da Rússia, que mata opositores, Lula faz história assim, com “h” minúsculo. Não se tem notícia de governante “persona non grata”, como Lula. É uma vergonha para o Brasil, para nossa diplomacia, para os brasileiros. Além de comparar a ação israelense na Faixa de Gaza ao holocausto de judeus na Alemanha nazista, o presidente Lula (PT) aproveitou para voltar a passar pano para os ditadores Vladimir Putin e Nicolás Maduro.

Após a morte do principal opositor do russo, Lula disse é preciso “fazer uma investigação” antes de qualquer acusação. Principal opositor de Putin, Alexei Navalny morreu numa prisão na Sibéria Ocidental, após anos de batalha na Justiça por ser “extremista”. “Não sei se ele estava doente, se tinha algum problema“, disse Lula sobre o opositor morto de Vladimir Putin.

O ditador Maduro expulsou recentemente do país todo o Alto Comissariado da ONU para Direitos Humanos de Caracas, na Venezuela. O petista deu resposta semelhante à expulsão: não tem “informações do que está acontecendo”.

Diplomata francês muito influente, Gérard Anaud contou ontem no “X”: “Passei dois anos no Conselho de Segurança (da UNU) com o Brasil. Perdi todas as minhas ilusões sobre a política externa deste país, um Terceiro Mundo tão caricaturado que defendia a Coreia do Norte”.

Compartilhe este texto:

Facebook
WhatsApp