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A Nova Geração de Líderes do Norte-Noroeste Fluminense

A Nova Geração de Líderes do Norte-Noroeste Fluminense

Um nova geração de políticos tem assumido destaque na região norte-noroeste fluminense. Depois de uma temporada de lideranças frágeis e polêmicas, nosso lado do estado começa a alcançar alguma estabilidade com políticos habilidosos e razoavelmente austeros. Dotados de qualidades cívicas muito boas, sendo a principal a de quebrar o retrovisor e esquecer antigas mágoas, cada um deles tem feito um trabalho bastante positivo até o momento. Afinal, o vidro do para-brisa é bem maior.

Wladimir Garotinho, Prefeito de Campos dos Goytacazes, assumiu em 2016 a difícil tarefa de suceder o complicado governo de Rafael Diniz. Em virtude do sobrenome sua missão ganhou um desafio a mais ao forçá-lo a estabelecer marca própria, fazendo uma gestão que não repetisse os governos de sua família. Dois anos após assumir a prefeitura podemos dizer que o jovem prefeito conseguiu. Embora seja um Garotinho, Wladimir reconstruiu pontes políticas que todos julgavam irreparáveis desfazendo brigas históricas da família. Afastou-se da sombra de seus pais e construiu estrada própria. Ao mudar para o Partido Progressista e manter seu temperamento sobre controle jogou no colo da outra grande liderança campista, Rodrigo Bacellar, a pecha de destemperado. Concorrerá a reeleição com razoável facilidade e já é cotado para Governador ou Vice em 2026.

Léo Coutinho, Prefeito de Porciúncula, é o veterano dos quatro já que é o único a estar em seu segundo mandato. Apenas por ter sido reeleito em 2020 já mostrou ser uma forte liderança. Em um processo eleitoral atípico que terminou por decapitar a maioria dos prefeitos da região ele foi um dos poucos que conquistou sua reeleição com alguma facilidade. Na sua primeira eleição, em 2016, Léo conseguiu pacificar a política de Porciúncula que nos idos de 2012 parecia mais uma versão ao vivo do programa Casos de Família. Durante seu primeiro mandato desenvolveu uma gestão bastante razoável em meio a queda na arrecadação no Brasil como um todo. Como líder Léo é um político bastante completo. Ele é bom de voto, como suas eleições demonstram, também é exímio articulador, já que possui um grupo bastante coeso e para completar é bom de gestão, como os índices de aprovação de seu governo demonstram. Seu desafio em 2024 é escolher um sucessor que seja tão habilidoso quanto ele próprio.

Léo Pelanca, Prefeito de Italva, foi as urnas pela primeira vez em 2016 representando a terceira via italvense. Em meio a disputa com o grupo do ex-prefeito Joelson e do então prefeito Leozinho do Banco, o chamado Pelanca se destacou ficando em segundo lugar. Sabedor de que era o nome de oposição para as eleições de 2020 não perdeu tempo e costurou os apoios necessários para uma eleição segura. O prefeito parece ter sido sábio o suficiente para aprender tudo que precisava saber de política vendo os erros do grupo de Joelson, envolto em problemas judiciais. Também conseguiu perceber as dificuldades de Gerlindo Motoka em consolidar seu nome a prefeitura devido por seu temperamento. Munido dessas informações Léo Pelanca tem feito um governo calmo, sem polêmicas e sem embates, sendo bastante pragmático nas suas decisões. Seu lema parece ser Italva em Primeiro Lugar, aplicando uma lógica bairrista em uma cidade que até então não cultivava esse tipo de perfil. Irá para o processo eleitoral de 2024 da mesma que governa, tranquilo e sem oponentes de peso.

O último da lista é Paulo Sergio Cyrillo, Prefeito de Bom Jesus. O rapaz, que caiu na prefeitura praticamente de paraquedas, está fazendo uma gestão bem a sua maneira – austero e surpreendente. Sua personalidade não nos permite dizer se o sucesso de seu governo é em virtude dele mesmo ou do acaso que lhe está sendo novamente generoso. Para facilitar a sua vida a única oposição a ele representa exatamente o que os bom-jesuenses não querem de volta – desequilíbrio, fofocas e brigas. A estabilidade de Paulo Sergio, somada a sua jovialidade, virou contraponto em meio ao total desequilíbrio do prefeito da vizinha e líder regional Itaperuna. Como Alfredão, Prefeito de Itaperuna, é rejeitado principalmente pela forma como conduz a saúde de sua cidade e os itaperunenses tem usado frequentemente o hospital de Bom Jesus, Paulo Sergio tem conseguido criar um atmosfera de comparação que lhe é muito positiva. Algo como “Agradeçam a nossa gestão, pois estamos conseguindo cuidar dos nossos e de nossos vizinhos“. Ele caminha para as eleições de 2024 sem maiores problemas e provavelmente será reeleito, independente da habilidade política dos seus oponentes.

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