Nas últimas semanas rumores de que o Deputado Estadual Jair Bittencourt romperia com o prefeito Alfredão e declararia apoio a outro candidato se intensificaram. Não que essa seja uma história nova. Não é! Desde o ano passado volta e meia surge no horizonte a possibilidade de rompimento entre político entre Jair e Alfredão. Sempre que os rumores aumentam, acontece algum movimento real e prático para desmentir essa possibilidade.
Na semana do carnaval, por exemplo, o rumor era que Jair romperia com o Alfredão no dia 19 de fevereiro. O prazo passou e Jair continua agarrado com o prefeito. Seus tradicionais aliados (Sinei Torresmo, Alexandre da Auto-Escola e Marcelo Poeys), inclusive, estavam na casa do mandatário na última quinta-feira (22/02) e discursaram a favor de Alfredão. Ontem, 26/02, o próprio Jair participou de uma live junto com Murillo Gouvea, Deputado Federal e filho do prefeito. Ainda sim os rumores de um racha iminente entre o Bittencourt e o prefeito não diminuem um único centímetro.
Os que precisam desse rompimento, como o time do Vice Prefeito Nel, seguem batendo o pé e garantindo que na hora certa Jair rompe com Alfredão. Dia após dia defendem essa ruptura afirmando com uma certeza invejável que a qualquer momento Jair joga a toalha. Nunca antes a credibilidade de tanta gente esteve fiada na possibilidade de um único evento.
Considerando que nossas fontes, diretamente ligadas a Bittencourt, não devem apenas estar mentindo descaradamente e contando um estória combinada entre si, algo não está correto. Algum critério aristotélico precisa ser empregado na medida em que toda previsão de rompimento se frustra em bases semanais. Sabemos que existe verdade naqueles que acreditam na separação, porém até o momento a vitória preditiva tem sido dos que negam qualquer possibilidade disso ocorrer. Restam duas hipóteses.
A primeira é que alguém está se enganando profundamente quanto Jair e acreditando em algo que não existe. A segunda hipótese, tão possível quanto, é que Bittencourt foi encurralado e isolado por Murillo Gouvea. Neste caso a coisa não melhora em nada para quem defende o racha pois indica que Jair não tem a força de outrora para ditar os rumos de seu próprio grupo.
Essa situação incomum acabou colocando uma espada de Dâmocles sobre a cabeça de muita gente, inclusive na de Ênio Borges, atual Secretário de Transportes e presidente municipal do PL (partido de Bittencourt). Metade da nominata que hoje se desenha para a sigla está calcada no rompimento e a outra metade na manutenção da aliança com o Alfredão.
Março é o último mês para filiações e sem estar filiado é impossível concorrer. Se a condição para filiar metade da nominata é o divórcio de Jair com o prefeito – o que acontece se o mês terminar sem que o rompimento tenha ocorrido? Bom, nesse caso alguém irá passar como um grande mentiroso. Pior, quem estava fiado no divórcio terá que correr para arrumar espaço em outro grupo, desistir de concorrer ou engolir e aceitar caminhar junto de Alfredão.
Leia abaixo matérias relacionadas: