O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi preso preventivamente na manhã deste sábado (22/11), por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF). A ordem foi cumprida pela Polícia Federal por volta das 06h, e o ex-chefe do Executivo foi levado à Superintendência da PF, onde permanecerá em uma sala de Estado, espaço reservado a autoridades com prerrogativas de foro. Segundo fontes a prisão foi motivada por suposto risco à ordem pública.

Em nota oficial, a PF informou que cumpriu um mandado de prisão preventiva expedido por decisão do Supremo Tribunal Federal. A medida, de natureza cautelar, não está vinculada ao cumprimento de pena e tem caráter provisório.

Bolsonaro estava em prisão domiciliar desde 4 de agosto, por ordem do ministro Alexandre de Moraes, que o acusou de violar restrições judiciais. Segundo Moraes, o ex-presidente utilizou perfis de aliados, inclusive de seus três filhos parlamentares, para divulgar mensagens consideradas como “incentivo e instigação a ataques ao Supremo Tribunal Federal e apoio ostensivo à intervenção estrangeira no Poder Judiciário brasileiro”.

A prisão deste sábado se dá em meio a uma condenação ainda pendente de recurso. Em setembro, o STF sentenciou Bolsonaro a 27 anos e 3 meses de prisão por tentativa de golpe de Estado. A decisão ainda não transitou em julgado e segue sob análise de recursos apresentados pela defesa.

Na sexta-feira (21/11), os advogados do ex-presidente protocolaram pedido ao ministro Alexandre de Moraes solicitando a substituição do regime fechado por prisão domiciliar humanitária. A defesa alegou que Bolsonaro apresenta “quadro clínico grave”, sofre de “múltiplas comorbidades” e que uma eventual ida ao sistema prisional comum representaria “risco concreto à vida”.