Na última segunda feira, 18/03, o Brasil atingiu o maior número de casos de dengue da história com 1.899.206 de casos notificados. O país superou o recorde anterior, registrado em 2015, quando 1.688.688 casos foram confirmados. Os dados são do Painel de Arboviroses do Ministério da Saúde, que tem monitorado a situação desde 2000.
O cenário de alta já vinha sendo sinalizado desde 2023, quando o país registrou 1.658.816 casos da doença. Os dados são preliminares e devem ser atualizados para cima, pois há um atraso nas notificações dos Estados e municípios.
O fenômeno atual é resultado de uma série de fatores, como medidas pouco eficazes de controle do mosquito Aedes Aegypti, que é o vetor da doença. Um dos principais desafios é eliminar os criadouros, que, em sua maioria, estão dentro das residências. Outro agravante é que, segundo o Ministério da Saúde, há quatro sorotipos da dengue circulando simultaneamente.
O Ministério da Saúde aponta que cerca de 75% dos criadouros do mosquito transmissor estão nos domicílios, como em vasos e pratos de plantas, garrafas retornáveis, pingadeira, recipientes de degelo em geladeiras, bebedouros em geral e materiais em depósitos de construção, a exemplo de sanitários estocados, canos e outros.
É a partir desses criadouros que a proliferação da fêmea do mosquito Aedes aegypti acontece, transmitindo a doença. Em uma nota lançada recentemente, a Organização Mundial da Saúde (OMS) destacou que a dengue mata pessoas saudáveis e de qualquer idade, sem a necessidade de comorbidades.
A OMS sustenta que, ao apresentar os primeiros sintomas, a pessoa deve procurar imediatamente uma unidade de saúde para diagnóstico e tratamento adequados. Quem estiver com suspeita precisa agir o mais rápido possível para buscar impedir que a infecção evolua rápido e resulte em óbito, que pode ocorrer em três ou quatro dias, a depender da gravidade do paciente.
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