O Brasil já registra, apenas neste ano, um total de 524.066 casos prováveis de dengue, de acordo com números divulgados pelo Ministério da Saúde nesta quarta-feira (14/02). O ministério também confirmou 84 mortes pela doença no país e outros 346 óbitos que estão sendo investigados para saber se são decorrentes da dengue.
De acordo com o Painel de Monitoramento do ministério, a população feminina representa 54,9% dos casos, enquanto pessoas do sexo masculino somam 45,1%. Mais de 100 mil desses casos prováveis estão concentrados na população entre 30 e 49 anos de idade.
A explosão de casos de dengue em diversas regiões do país fez com que ao menos quatro estados – Acre, Minas Gerais e Goiás –, além do Distrito Federal, decretassem situação de emergência em saúde pública. O município do Rio de Janeiro também está em situação de emergência. Estima-se que o Brasil pode contabilizar mais de 4,1 milhões de casos em 2024.
Com 170 mil casos prováveis, Minas Gerais é o estado com mais diagnósticos da arbovirose. Em seguida, aparecem São Paulo (85 mil), Distrito Federal (65 mil), Paraná (56 mil) e Rio de Janeiro (39 mil). Na análise do coeficiente de incidência por 100 mil habitantes, a capital federal lidera com 2337,4 casos por 100 mil habitantes. Em seguida estão Minas Gerais (864,5) e o Acre (584,3).
A grave situação vivida pelo Distrito Federal fez fazer antecipar o início da vacinação para a última sexta-feira (09/02). A capital federal vai receber um total de 194 mil doses da vacina.
Em todo o país, as doses estão sendo distribuídas para 521 municípios selecionados pelo Ministério da Saúde para iniciar a vacinação na rede pública. As cidades compõem um total de 37 regiões de saúde que, segundo a pasta, são consideradas endêmicas para a doença. Serão vacinadas crianças e adolescentes de 10 a 14 anos de idade, faixa etária que concentra maior número de hospitalizações por dengue, atrás apenas dos idosos.
Em pronunciamento à nação na noite do dia 6 de fevereiro, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, fez um apelo para que a população adote cuidados para evitar a proliferação de criadouros do mosquito transmissor da dengue dentro de casa. Segundo a ministra, 75% dos focos estão localizados nas residências.
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