Apadrinhada pelo atual presidente Andrés Manuel López Obrador, a política Claudia Sheinbaum, de 61 anos, tornou-se a primeira mulher presidente do México na noite de ontem (02/01). Ela estava bem à frente nas pesquisas eleitorais de Xóchitl Gálvez, senadora e empresária de raízes indígenas, segunda colocada.
Antes de entrar na política, a candidata favorita construiu uma carreira acadêmica: formou-se em física pela Unam (uma das universidades mais prestigiadas do México), e fez pós-graduação em engenharia ambiental. Ela também fez pós-doutorado na Universidade da Califórnia em Berkley, nos Estados Unidos e participou do Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática da ONU (IPCC) que ganhou um Prêmio Nobel da Paz em 2007.
A candidata era a favorita por causa do apoio de López Obrador, afirma Jimena Ortiz, da consultoria Inteligencia Más. “Essa grande intenção de votos é uma consequência do endosso do presidente a ela. Essas eleições são uma espécie de referendo a López Obrador, porque as pessoas que gostam do governo vão votar em Sheinbaum”, diz ela.