Carlos Bolsonaro (PL), vereador na capital fluminense desde 2001, não deve buscar qualquer cargo no estado do Rio de Janeiro em 2026. A decisão veio de cima, do próprio Jair Bolsonaro, que definiu que ele tentará uma vaga no senado, mas por outro estado.
A informação foi publicada no jornal O Globo, e já circula entre lideranças do Partido Liberal (PL) como fato consumado. Os destinos mais prováveis para a candidatura são Santa Catarina (reduto fiel do bolsonarismo) e São Paulo, que também espera uma decisão de Eduardo Bolsonaro sobre disputar ou não uma cadeira ao senado por lá.
Segundo aliados, Bolsonaro pai considera o Senado um espaço chave para suas articulações políticas, inclusive para embates com o STF (Supremo Tribunal Federal). Como o Rio de Janeiro já tem nomes definidos para as duas cadeiras que estarão em disputa em 2026 (Flávio Bolsonaro e Cláudio Castro), Carlos precisaria buscar espaço fora.
Santa Catarina é a alternativa mais segura no tabuleiro bolsonarista. O estado deu maioria folgada a Bolsonaro nas duas últimas eleições presidenciais e tem eleitorado afinado com o discurso do clã. Já São Paulo seria mais complexo, mas está na mira caso Eduardo opte por uma candidatura à presidência.
Internamente, a aposta é que o sobrenome Bolsonaro ainda tem peso suficiente para garantir uma boa performance mesmo fora da base tradicional do vereador. Carlos é conhecido por atuar nos bastidores, especialmente nas estratégias digitais, mas agora deve encarar sua primeira eleição nacional com visibilidade direta, já que até hoje construiu sua carreira longe das urnas majoritárias.
Além do objetivo eleitoral, o movimento tem outro pano de fundo – a tentativa de Jair Bolsonaro de blindar sua família, mantendo um cinturão político no Senado, em meio a processos e investigações que atingem ele e os filhos. A definição do novo domicílio eleitoral e o cargo exato que Carlos disputará deve ocorrer até meados de 2026, respeitando os prazos legais.