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Opinião: 2024 – que seja o começo de um novo tempo para Itaperuna

Opinião: 2024 – que seja o começo de um novo tempo para Itaperuna

Com a aproximação da chegada de 2024 começam os preparativos para o ano eleitoral em Itaperuna. Entre a classe política a natural bolsa de apostas que governa o peso dos apoios e das candidaturas já se iniciou. Na contramão disso, entre a população, a campanha ainda está longe de tomar as ruas.

A ressaca de 2022 parece ainda não ter passado e um certo tom de desesperança parece ter dominado o conservador itaperunense. Até entre a esquerda da cidade, mesmo com a vitória de Lula, a esperança não parece estar presente e não há grande mobilização do campo. Prova disso é que a direita, desarticulada, conseguiu fazer 3 dos cinco conselheiros tutelares e 2 dos cinco suplentes nas eleições deste ano.

As eleições municipais entretanto, não vão esperar a recuperação do interesse popular na política e se aproximam cada dia após dia com a marcha natural do tempo. Em 06 de outubro de 2024 o povo voltará as urnas para escolher prefeitos e vereadores dos mais de 5 mil municípios brasileiros e não será diferente em Itaperuna.

Muitos anos atrás um lenda urbana tomou conta das mentes dos insatisfeitos Brasil afora. Segundo a estória, caso toda a população anulasse o voto ou votasse em branco, obrigatoriamente deveria haver novas eleições com candidatos diferentes. Não há dúvida que diante do atual estado de coisas muitos gostariam que essa opção existisse, mas não existe. A regra não escrita de toda república é sempre – decisões são tomadas por aqueles que participam e quem não participa não decide. Isso quer dizer que no dia 06/10/2024 o munícipe terá que decidir entre as opções colocadas na urna em sua frente e escolher não decidir também será uma decisão.

Dito isto, esperamos que neste ano que se inicia o povo de Itaperuna escolha as pessoas que melhor personificam o caminho para uma cidade desenvolvida, bonita e segura. Já se vão 20 anos desde que entramos em uma confusão política que do ponto de vista de quem mora aqui, já parece ser perpétua. O custo dessa confusão foram perdas significativas para o município.

Em 20 anos Itaperuna perdeu qualidade dos serviços de saúde, perdeu competitividade no comércio, na agricultura, na indústria e a infraestrutura que resta depende da misericórdia dos governos estadual e federal. A cidade ficou mais feia, tornou-se subdesenvolvida, cresce de maneira desgovernada e em alguns locais é possível notar o início de um processo de favelização. Os últimos bastiões do nosso IDH são a Segurança Pública, que claramente começa a ruir e a Educação Pública, que para atender a fins políticos tem sido dilapidada de maneira constante.

Nossa oração e expectativa é de que no próximo mandato o prefeito da vez, acompanhado por bons vereadores e uma equipe capacitada, se esforce para reverter esse processo de derrocada. Que nossa querida Itaperuna tenha um destino melhor do que aquele que hoje se desenha no horizonte se as coisas permanecerem como estão. Parafraseando Margaret Thatcher – nenhum prefeito é eleito para o posto apenas para aceitar, lidar e manejar a derrocada de uma grande cidade.

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