Nas palavras do ex-diretor do Banco Central, Alexandre Schwartsman, o embate de Lula contra Donald Trump é como um mico de 500 gramas contra um gorila de 500 quilos. Não é para menos, enquanto o Brasil responde por menos de 1% da economia dos EUA (Estados Unidos da América), a recíproca não é verdadeira. Os americanos são responsáveis por comprar mais de 10% das exportações brasileiras.
Embora o Brasil seja historicamente um parceiro dos Estados Unidos, desde que Lula chegou ao governo iniciou com os americanos uma queda de braço constante firmada por uma visão antiamericana infantil. O presidente brasileiro parece não conseguir ver qualquer coisa que seja importante internacionalmente para os EUA sem que emita imediatamente opinião contrária.
Rússia x Ucrânia? Lula se colocou ao lado da Rússia. Israel x Hamas? Lula fixou-se contra Israel. Irã x EUA? Lula escolheu o lado do Irã. Maduro x Guiana? Lula não escolheu a Guiana. Maduro x Oposição Venezuelana? Lula escolheu novamente Maduro. Lula também defendeu acabar com o padrão internacional do Dólar, mesmo quando os outros membros do BRICs* disseram não.
Embora acuse os americanos de interferência no estrangeiro, Lula não se furtou ao comentar as eleições norte-americanas. Além disso, ele e sua esposa escolheram ofender Trump e seus aliados desde que estes venceram o processo eleitoral americano no ano passado. Ataques a empresas americanas também se tornaram ordem do dia durante o governo de Lula.
A reação americana uma hora chegaria e chegou com o peso da maior potência militar e econômica que já cruzou o horizonte da terra. O Brasil, que não é uma potência econômica, militar, moral ou social, e ainda sim escolheu, através de seu presidente, uma luta que não pode vencer e para qual não tem qualquer aliado estrangeiro (Rússia e China tem firmado, sem alarde, novos acordos com os americanos).
Lula tem muitos motivos eleitorais para apostar na briga. Está se aproveitando da proximidade estética entre Trump e Bolsonaro para culpar os bolsonaristas pelo fracasso econômico brasileiro. Só que a irresponsabilidade do petista fará com sofram ainda mais os brasileiros que já enfrentam diariamente uma enorme carga tributária e uma inflação descontrolada.
Apenas festejam a briga o sujeito de meia idade de esquerda que é mal realizado ou os jovens que militam em diretórios acadêmicos das falidas universidades brasileiras. Fora isso a sociedade organizada do Brasil, ou seja, quem produz, está (como deveria estar) apavorado. Resta saber por quanto tempo os equilibrados e temperados da nação vão suportar a falta de bom senso de Lula e dos seus.
* Grupo de países emergentes que incluem Brasil, China, Rússia, Índia, entre outros.
