Daqui a pouco menos de um mês, no próximo dia 27 de julho, 730 mil fluminenses vão às urnas. Vinte e oito anos depois de aprovada a primeira lei instituindo a eleição para diretores dos colégios estaduais, a comunidade escolar vai decidir, democraticamente, quem vai comandar cada uma das unidades de ensino. É um colégio eleitoral digno de algumas das grandes cidades do estado.
A primeira lei, do deputado Carlos Minc (PSB), foi editada ainda no governo Marcello Alencar, mas foi considerada inconstitucional depois de apenas duas eleições. Por longos anos, não houve lei alguma que garantisse a participação popular na escolha dos diretores.
Durante a última uma greve de professores e servidores, Minc voltou à carga e aprovou um novo texto — desta vez, driblando qualquer questão de inconstitucionalidade. Foi realizada uma única consulta à comunidade escolar. Só que veio a pandemia e… parou tudo de novo.
Foram necessários cinco manifestações, duas audiências públicas e seis ofícios da Comissão do Cumpra-se da Assembleia Legislativa para a Secretaria estadual de Educação pôr, de novo, a eleição nas ruas. Agora os 668 mil estudantes e os 64,5 mil servidores ativos (de acordo com o último levantamento, de 2022) vão poder escolher, mais uma vez, quem vai dirigir as 1.222 unidades da rede escolar do estado.