Editorial: o melancólico fim do governo Alfredão

Editorial: o melancólico fim do governo Alfredão

A chuva misturada com lixo acumulado nas ruas serão marca da despedida do ainda prefeito Alfredão. O quase ex-prefeito escolheu a pior maneira possível para esta que, possivelmente, será sua despedida da vida pública. Sairá, como tantos outros ex-prefeitos de Itaperuna, pela porta dos fundos.

Alfredão começou seu segundo mandato da mesma maneira que seu predecessor – focando na política e de olho nas eleições seguintes. O objetivo era uma formar uma grande composição que permitisse a eleição de seu filho, o impopular Murillo Gouvea, deputado federal. Foi por esta razão que o prefeito escolheu manter, já na transição, boa parte da equipe havia composto o governo/grupo anterior.

O resultado veio e Murillo tornou-se deputado federal com o apoio da maioria dos vereadores e dos políticos locais. Só que, junto do resultado, veio o preço. A cidade viu então a falência da coisa pública diante de tão grande federação de interesses nela pendurada.

A Prefeitura de Itaperuna (PMI) não aguentou nem dois meses após a vitória de Murillo e entrou em colapso. Atrasos nos pagamentos e uma enxurrada de demissões. Alfredão, como é da sua natureza quando as coisas ficam difíceis, desapareceu e a federação de interesses ruiu.

Durante o ano e meio seguinte Itaperuna viu todas as áreas essenciais apresentarem problemas graves. O atendimento em setores como a saúde tornou-se escasso e de preferência para quem fosse amigo do poder.

A eleição municipal foi se aproximando e a oposição ganhando força devido a terrível gestão do prefeito. Alfredão reaparece voltando do buraco onde havia se enfiado, retocado, maquiado e tentando reeditar a estratégia da eleição de Murillo. Remontar uma grande e custosa composição política.

O resto da história… bem, sendo morador de Itaperuna, você se lembra. Alfredão perde e abandona a cidade a própria sorte nos meses de transição. O estrategista chefe de seu governo, Oliver Barros, procura um caminho junto a nova administração e encontra as portas fechadas. Murillo faz de conta que nunca participou do mandato do pai e coloca uma peruca na cabeça para se disfarçar.

Alfredão fez um péssimo primeiro mandato (2012), apenas sendo eleito novamente (2020) em virtude do prefeito que lhe sucedeu (2016) ter sido ainda pior que ele. Como não queria perder o posto de pior entre os piores, algo que havia se esforçado para conquistar, tratou logo de cavar mais fundo o poço em que já estava Itaperuna nos idos de 2020. Piorou tudo que já estava ruim.

Entregará amanhã (01/01/2025) para Emanuel Medeiros (Nel) uma cidade insegura, suja, falida, alagada, feia, desorganizada, com dividas na saúde, esquemas na educação e fracassada na assistência social. Uma cidade que em todos esses anos só melhorou em quantidade em uma única coisa – no número de puxa-sacos.

Adeus Alfredão, esperamos fortemente que em breve possamos dar um outro adeus ao seu filho do mandato de deputado federal!

Não poderíamos entretanto, deixar de enviar a seguinte mensagem a você, a seu filho, a seu estrategista chefe, Oliver Barros e a tantos outros companheiros políticos seus que fizeram questão de ignorar, pisar e humilhar a nós, editores deste jornal e habitantes desta cidade – QUEM BATE ESQUECE, QUEM APANHA NÃO!

FORTE ABRAÇO! 👍

Compartilhe este texto:

Facebook
WhatsApp