O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendeu recentemente uma Medida Provisória (MP) que prevê a tributação de investimentos para “fechar as contas” do Orçamento de 2026. Segundo ele, a medida evitaria cortes em programas sociais ou emendas parlamentares. A proposta, que está em discussão no Congresso Nacional, inclui a cobrança de impostos sobre as Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e do Agronegócio (LCA).
Sobre a Medida Provisória, Haddad argumentou que ela busca corrigir distorções no mercado financeiro, já que a isenção atual tem levado investidores a priorizar LCI e LCA em vez de outros títulos, sem que o benefício chegue de forma efetiva ao produtor rural ou à construção civil. O relatório apresentado prevê a taxação de 7,5% no Imposto de Renda para pessoas físicas que aplicarem nesses papéis, substituindo a cobrança do IOF.
Em audiência pública na Comissão de Agricultura e Pecuária da Câmara dos Deputados, o ministro também comentou os efeitos esperados da regulamentação da reforma tributária. Ele afirmou que a mudança trará benefícios à população em geral, ressaltando que até mesmo pessoas de maior renda pagarão menos por produtos como a carne, em razão da desoneração da cesta básica.
O ministro também respondeu a questionamentos sobre o não alongamento do prazo de pagamento das dívidas de produtores rurais do Rio Grande do Sul, que sofreram com enchentes no ano passado. Haddad explicou que, no início desta semana, o Conselho Monetário Nacional (CMN) criou uma nova linha de crédito para agricultores afetados por eventos climáticos.
Fonte: Conexão Política