Alguns pontos chamaram muito a atenção na eleição para Conselheiro Tutelar neste domingo (01/10). A começar pela participação e mobilização recorde tanto em Itaperuna, quanto em todo o Brasil. Outro ponto que chamou a atenção foi a politização que tomou conta do processo eleitoral para o Conselho Tutelar.
O primeiro ponto que é o aumento da participação geral nas eleições para Conselheiro Tutelar no Brasil demonstram que existem um clamor muito grande por mais participação popular nas diversas esferas da República e não apenas nos cargos “políticos“. Talvez e com o aumento gradativo da participação popular nas eleições de Conselheiro Tutelar o povo brasileiro comece a demandar o direito de escolher diretamente outros personagens da vida pública, como ocorre nos Estados Unidos. Promotores, Juízes, Desembargadores, Delegados, Xerifes, Chefes de Polícia e membros dos Conselhos de Educação são escolhidos diretamente pelo povo americano em diversos estados e condados norte americanos.
O segundo ponto é a politização do processo. Algo que já tinha ficado patente na eleição passada, agora é regra. Brasil afora os candidatos eleitos ao Conselho Tutelar obtiveram votações expressivas contando com apoio maciço de diversos políticos. No caso de Itaperuna a situação não foi diferente e todos os eleitos tiveram padrinhos políticos importantes.
A tentativa insistente do Ministério Público em despolitizar a eleição não apenas se mostrou infrutífera como acabou dando resultado contrário. Agora todos os políticos participam da eleição do Conselho Tutelar e põe seus grupos 100% envolvidos nisto. Tornou-se impossível despolitizar a eleição. O povo quer uma eleição política e o Ministério Público não conseguirá resultados diferentes disto da população.